Em fevereiro a Berskshire Hathaway já havia vendido US$ 900 milhões em ações do Walmart, o principal afetado por essa mudança
Embora os Estados Unidos não estejam em crise econômica, mais de 3.200 lojas físicas já fecharam neste ano. Muitas outras deverão fechar até o fim do ano – o Credit Suisse estima que serão 8.600 no total, batendo o recorde de 6.163 lojas fechadas em 2008, o auge da crise econômica por lá.
Isso sinaliza, para muita gente, que a morte da loja física está para acontecer. Uma dessas pessoas é o megainvestidor Warren Buffett, que disse que em 10 anos o varejo vai estar completamente diferente. “A loja de departamento agora é online”, avisou o bilionário durante o encontro anual da Berkshire Hathaway.
“Eu não tenho ilusão de que daqui 10 anos o mundo vai ser igual o de hoje, e algumas coisas nesse caminho vão nos surpreender. O mundo evoluiu, continua evoluindo e a velocidade está aumentando”, destacou. Uma das coisas que ele tem feito é sair de empresas de varejo tradicional.
Em fevereiro a Berskshire Hathaway já havia vendido US$ 900 milhões em ações do Walmart, o principal afetado por essa mudança. A companhia foi ultrapassada pela Amazon no posto de principal varejista do mundo nos últimos anos e está tentando combater a rival online, incluindo comprando startups para tal. Sem inovação, a empresa deverá morrer.
Por isso, investidores espertos (como Buffett) estão optando por ficar de fora do setor de varejo neste momento. “Eu acho que o setor varejista é muito duro para mim, geralmente”, afirmou. Ele já não tem praticamente ações da Walmart, um dos símbolos do capitalismo norte-americano por décadas.
As lojas físicas fecham conforme o número de e-commerces crescem e as pessoas passam a acreditar mais neles, além das mudanças no comportamento dos consumidores. Uma tendência nos últimos anos foi o aumento dos gastos com entretenimento e tecnologia contra roupas e acessórios.
Enquanto o varejo físico vai morrendo, a Amazon vai florescendo. A companhia inclusive pretende juntar o varejo online com o varejo offline, criando novas formas dos consumidores fazerem compras através da internet e buscarem seus produtos fisicamente sem terem que pagar frete por isso e esperar chegar. É a revolução em curso.
Fonte: Startse