O Facebook anunciou nesta segunda-feira (28/08/2017) uma iniciativa inédita da rede social em todo o mundo: o Estação Hack São Paulo. A empresa escolheu o Brasil para estrear o primeiro projeto do tipo em um local que vai abrigar cursos gratuitos de programação para jovens com menos de 20 anos e workshops sobre empreendedorismo, planejamento de carreira e aceleração de startups. O projeto vai capacitar, principalmente, adolescentes e adultos de baixa renda, para estimular novos negócios e oferecer recursos para pequenos e médios empresários com foco em economia digital.
Ao todo serão oferecidas 7.400 bolsas por ano nas área de programação, planejamento de carreira e gestão de empresas. Para isso, alguns parceiros vão ajudar o site nesta empreitada como o MasterTech, a MadCode, o Reprograma, a JuniorAchievent e o Centro de Empreendedorismo e Negócios da FGV (Fundação Getúlio Vargas). A ONG Artemísia também participa em monitoria, implementando um programa de aceleração de negócios com potencial de impacto social.
Segundo o Facebook, nos últimos três anos, funcionários da empresa visitaram favelas brasileiras e ouviram histórias de pequenos e médios empreendedores que usam a plataforma para divulgação. Atualmente, mais de 120 milhões de brasileiros usam a rede social e o Facebook quer estimular ainda mais o uso da “tecnologia a favor do seu negócio”, formando mais jovens neste setor.
Segundo Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook e do Instagram na América Latina, serão dez startups escolhidas por semestre com objetivo de estimular o negócio digital, a formação e o aperfeiçoamento de programadores em um país que, no momento, recebe o maior investimento da rede social na América Latina.
“O Brasil está sendo particularmente relevante dentro da nossa missão, que é aproximar e conectar pessoas, criando comunidades”, disse Dzodan, repetindo o discurso de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, sobre “aproximar o mundo”.
“No fundo, todos nós conhecemos alguém que tem um sonho de criar um negócio, de causar um impacto na comunidade e de ser bem sucedido. O Estação Hack pode ajudar a tornar isso realidade”, completa o executivo, apontando que há uma demanda grande por profissionais de tecnologia no mundo todo e que o Brasil também ainda tem a avançar na formação de programadores e gestores.
A escolha das startups ficará sob responsabilidade dos parceiros de mentoria e desenvolvimento. As inscrições de projetos para as dez vagas serão abertas ainda nos próximos meses e devem focar na formação de jovens com menos 20 anos.
O espaço fica localizado no coração da capital de São Paulo, em um edifício na Av. Paulista, importando para os brasileiros o que chamaram de “DNA do Facebook”, que incorpora a cultura hack no dia a dia. Para a rede social “tudo está em permanente construção e pode ser aperfeiçoado de forma colaborativa”. Os planos são de abrir o local para novos grupos de alunos até o fim deste ano.
Sobre o espaço Estação Hack SP
Ainda em obras, o Estação Hack São Paulo terá ao todo mil metros quadrados, três salas de aula com até 40 lugares cada — separadas por paredes móveis — espaço de convivência, sala de reunião e 52 estações de trabalho para abrigar as startups selecionadas para os programas de aceleração. De acordo com o Facebook, o Estação Hack também receberá sessões de seus programas de empreendedorismo e de marketing digital.
Mais detalhes sobre os cursos serão publicados na página oficial do espaço no link www.facebook.com/EstacaoHack até dezembro de 2017.