A EQUAÇÃO DI GENIO
Dono do grupo Objetivo investirá R$ 1 bilhão para transformar fazendas, canais de televisão e colégios em um só negócio de educação
Por Fabiana Parajara
Todos os dias, dona Maria Tozzi Di Genio, 88 anos, entrega ao filho algum dinheiro trocado. Nada de mais, se o filho em questão não fosse um dos empresários mais bem-sucedidos do Brasil, João Carlos Di Genio, dono da rede de colégios Objetivo, da Universidade Paulista (Unip), de fazendas, redes de rádios e televisão. Um homem que vai investir pelo menos R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para que todos os seus negócios se transformem em um só. “Minha mãe é uma pessoa simples. Jamais poderia imaginar que eu construiria tudo isso”, explica o empresário em entrevista exclusiva à DINHEIRO. Dona Maria mora com ele e, apesar do apego à família, Di Genio nunca deixa de trabalhar até tarde. “Fico pelo menos até às 22 horas na escola. O azar dos concorrentes é que eu realmente gosto do negócio”, diz o empresário. Na verdade, azar mesmo foi ele ter desistido da medicina para se dedicar à educação.
Pesquisa na Amazônia. O Objetivo começou em 1965, na rua da Glória, no centro de São Paulo. Foi ali que Di Genio e seus três sócios, os médicos Drauzio Varella, Roger Patti e Tadasi Ito, improvisaram um curso de pré-vestibular de medicina para cerca de mil alunos. Dois anos depois, tinham cinco mil alunos. Varella então resolveu sair da sociedade. “Sei que foi a decisão mais acertada de minha vida. Eu sempre quis ser médico. O Di Genio realmente levava jeito para o negócio”, diz Varella, hoje um dos médicos mais famosos do País, autor do livro Carandiru e figura carimbada na televisão. Assim, a sociedade foi desfeita. “Eu pensava em ser endocrinologista, estava no último ano de faculdade. Quando desisti da carreira, sabia que não ia me contentar com um cursinho”, lembra Di Genio. Em 1970, ele abriu os primeiros colégios. Em 1972, foram as primeiras universidades. Trinta anos depois, são mais de 90 mil alunos em 28 campi da Unip – a previsão inicial era ter 70 mil – e mais 395 mil alunos na rede de colégios Objetivo, número que deve aumentar 8% este ano. O faturamento do grupo chega a R$ 2 bilhões. “Já ganhei mais dinheiro do que poderia gastar”, afirma Di Genio.
Nem por isso deixa um bom negócio escapar. Com um olho nas pesquisas e outro nas receitas, ele procura sempre aumentar seu império. Tudo gira em torno da principal mina de ouro, os colégios Objetivo. A Escola da Natureza é um bom exemplo. Trata-se de um barco-escola que percorre o Rio Negro e onde os alunos podem ter aulas de biologia diretamente na Amazônia. Além disso, funciona como um laboratório itinerante para estudos sobre plantas medicinais, feitas por pesquisadores da Unip e coordenadas pelo médico Drauzio Varella, diretor científico da universidade. Apesar de a Unip ser uma entidade sem fins lucrativos – o que lhe dá a possibilidade de fazer acordos com entidades internacionais, como o Jardim Botânico de Nova York e o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos –, Di Genio não descarta a idéia de ter patentes de substâncias descobertas na Amazônia. É o professor dando lugar ao atento empreendedor.
Nos laboratórios tradicionais da Unip, a missão dos pesquisadores é outra. Eles colaboram com o próximo empreendimento de Di Genio: levar o Objetivo para a tevê digital. Dono de cinco geradoras de televisão e com 100 retransmissoras, o empresário espera transferir todo o conteúdo didático para a telinha. Em média 8% das receitas anuais do grupo vão para a pesquisa de novos materiais didáticos, como lousas digitais e equipamentos de realidade virtual. “Investir em tecnologia é a única forma de se manter na liderança. Fui o primeiro a usar apostilas, o pioneiro no uso de tevê e computador em sala de aula. Agora, tenho certeza que a tevê digital vai revolucionar o setor”, diz o empresário. Em quatro anos, ele espera que os alunos acessem todo o banco de dados do Objetivo pelo controle remoto da televisão, inclusive aulas. “Mas isso não os dispensa de ir à escola. Será um esquema misto, com aulas convencionais e à distância”, explica. Isso tudo também poderá ser acessado do exterior, onde ele espera ter novas unidades em breve, especialmente em países com grande número de imigrantes brasileiros. Hoje, já existe uma filial no Japão.
Agropecuária. Até as fazendas do empresário deverão se integrar aos negócios da educação. Uma delas, situada em Uberaba, poderá ser o próximo pólo de pesquisa da Unip. Nessa propriedade encontra-se a vaca mais cara do mundo, Olímpica da Mata Velha, da raça nelore, avaliada em R$ 1,6 milhão. Di Genio tem direto a 50% dos lucros obtidos com os cerca de trinta embriões produzidos pelo animal anualmente. “As fazendas são herança do meu pai. Com o desenvolvimento da biotecnologia, elas passam a ser úteis à universidade. Ao mesmo tempo, as pesquisas ajudam a melhorar a produção”, afirma. Se alguém ainda duvida que ele conseguirá fazer tudo isso, os amigos avisam: “Di Genio é o homem mais obstinado que eu conheço. Ele tem paciência e persistência suficientes para conseguir tudo o que quer”, diz Varella.
Adorei a entrviste procuro entender mais como um esse homem administra todo esse patrimonio que ele tem.esse e meu patrao.
Uma pena ele não saber que seu sonho na Unip Manaus é u dilapidado.
Professores que fazem questão de dizer que não gostam de estar ali,coordenadora que aparece uma vez por semana, trata mal os alunos e ainda “se acha a tal”.
Uma pena mesmo.
Fui aluna do colegio Objetivo em meados da decada de 70. Acreditava que sua faculdade iria ser de ponta, seguindo sua obstinição por sucesso e um dia, talvez, ter sua faculdade de Medicina. Mas hoje tenho uma filha lá estudando Veterinária e digo: que esculhambação é essa escola! Falta de compromisso dos professores e coordenadores. Seu sonho cresceu demais, Di Genio, longe de seus olhos. Se cuidasse da Universidade como cuida de seu gado, que cresce sob os olhos do dono, teriamos uma escola de ponta. Que decepção!
É td muito bonito, a propaganda da Unip e outras coisas mais, mas infelizmente no Campus aonde eu estudo, é uma faculdade horrível. Enqto este Senhor está cercado de pessoas, que não lhe passam a vdd sobre o seu sonho. Cargos de confiança? Que confiança?? A coordenadora do meu curso, que é um cargo de confiança, está acabando com o curso da faculdade. Aonde ela não recebe seus alunos e muito menos é encontrada para cuidar de solucionar problemas!!! Tentar falar com diretor acadêmico da faculdade??? A atendente te faz milhões de perguntas como se não fosse vc que pagasse o salários deles e sim, fosse um criminoso. É uma indisposição e uma indiferença total com os alunos isso sim!! Este senhor precisa se informar mais sobre suas instituições e cargos de confiança!!!
Sou Ex aluna da UNIP Tatuapé, Mim formei recentemente em 24-07-2014 em Pedagogia, e só tenho o que agradecer pois foi ótimo, claro que tem seus autos e baixos, mas se estudarmos e se nos dedicarmos é claro temos que cer respeitosos com nossos professores, pois tudo correrá bem , assim que entrei na faculdade encontrei professores muito legais comprometido com o aprendizado; serão para sempre lembrados como bons professores.
É uma pena que a UNIP não tem Mestrado em Educação,pois pretendo continuar meus estudos, e se tivesse escolheria está faculdade de novo. Marilene Silva Ferreira marilene.luigi@globomail.com
meu Deus, pedagoga, escrevendo “mim formei e cer respeitosos” onde vamos parar com a educação deste país!!
SÃO OS ALUNOS QUE A UNIP FORMA ,
pelo seu vocabulário ,impossível você ter se formado em pedagogia , você realmente comprou o diploma !! “” mim formei ” ,” ce “
Com tanto erro de português????
Como se formou?
MIM formei, Cer. hahahahahaha nem o Português a mina sabe.
não sei o quanto esta fortuna significa para o grupo,só sei que o Di gênio é um empregador de mão cheia.
Eu se fosse tão desonesta e cara de pau seria muito rica como ele
Bom,
Tenho críticas construtivas quanto a tudo isso acabei de me forma no curso de ADM. aprendemos não com o curso, mas sim com a vida que são meios de nos adaptarmos com o mundo e com a vida do mesmo jeito que temos que nos adaptar com a tecnologia temos que saber lidar com as situações nos adaptar aos meios se o caminho da direita não me levar aos meus maiores objetivos tenho que me adaptar com o outro, isto e, alcançar seu objetivo independente do caminho…
Adaptar = saber lidar com a vida/situações/resolver.
Objetivos = sonhos.
A faculdade aqui também só pessoas fracas e sem solução nas direções …. Indignado a mais de 2 meses e ninguém. Da uma solução ao meu problema.
O que se vê na faculdade são profissionais mal treinados, e uma administração voltada apenas a arrecadação financeira, pois nada funciona, é uma fila de espera para ser atendido, pois todos os profissionais estão apenas voltado na captação de novos alunos, sem atender os que já estão na faculdade, infelizmente sabe-se que a UNIP nada mais é que uma banca de jornal, que vende diplomas, sou aluno com aproveitamento de matéria, e a carnificina que se vê nas aulas é de desesperar, professores que não sabem nem o que estão fazendo dentro da sala de aula, professores que estão lá apenas tapando buraco, sem ao menos se preocupar em dar conteúdo, matérias que se arrastam por semestres, sem ao menos seguirem o conteúdo programático, venho de uma instituição de nome FATEC-SP, e me deparei com uma escola que nem em nível de curso técnico poderia ser enquadrada.
Latifundiário improdutivo na Amazônia, que expulsou pequenos produtores…
ALUNOS FORMADOS PELA UNIP.
É UMA VERGONHA
ao autor desta materia, seria possivel encaminhar ao Sr Di Genio os comentários? Seria de utilidade pública!
Todos os dias, dona Maria Tozzi Di Genio, 88 anos, entrega ao filho algum dinheiro trocado. Nada de mais, se o filho em questão não fosse um dos empresários mais bem-sucedidos do Brasil, João Carlos Di Genio, dono da rede de colégios Objetivo, da Universidade Paulista (Unip), de fazendas, redes de rádios e televisão. Um homem que vai investir pelo menos R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para que todos os seus negócios se transformem em um só. “Minha mãe é uma pessoa simples. Jamais poderia imaginar que eu construiria tudo isso”, explica o empresário em entrevista exclusiva à DINHEIRO. Dona Maria mora com ele e, apesar do apego à família, Di Genio nunca deixa de trabalhar até tarde. “Fico pelo menos até às 22 horas na escola. O azar dos concorrentes é que eu realmente gosto do negócio”, diz o empresário. Na verdade, azar mesmo foi ele ter desistido da medicina para se dedicar à educação.
Pesquisa na Amazônia. O Objetivo começou em 1965, na rua da Glória, no centro de São Paulo. Foi ali que Di Genio e seus três sócios, os médicos Drauzio Varella, Roger Patti e Tadasi Ito, improvisaram um curso de pré-vestibular de medicina para cerca de mil alunos. Dois anos depois, tinham cinco mil alunos. Varella então resolveu sair da sociedade. “Sei que foi a decisão mais acertada de minha vida. Eu sempre quis ser médico. O Di Genio realmente levava jeito para o negócio”, diz Varella, hoje um dos médicos mais famosos do País, autor do livro Carandiru e figura carimbada na televisão. Assim, a sociedade foi desfeita. “Eu pensava em ser endocrinologista, estava no último ano de faculdade. Quando desisti da carreira, sabia que não ia me contentar com um cursinho”, lembra Di Genio. Em 1970, ele abriu os primeiros colégios. Em 1972, foram as primeiras universidades. Trinta anos depois, são mais de 90 mil alunos em 28 campi da Unip – a previsão inicial era ter 70 mil – e mais 395 mil alunos na rede de colégios Objetivo, número que deve aumentar 8% este ano. O faturamento do grupo chega a R$ 2 bilhões. “Já ganhei mais dinheiro do que poderia gastar”, afirma Di Genio.
Nem por isso deixa um bom negócio escapar. Com um olho nas pesquisas e outro nas receitas, ele procura sempre aumentar seu império. Tudo gira em torno da principal mina de ouro, os colégios Objetivo. A Escola da Natureza é um bom exemplo. Trata-se de um barco-escola que percorre o Rio Negro e onde os alunos podem ter aulas de biologia diretamente na Amazônia. Além disso, funciona como um laboratório itinerante para estudos sobre plantas medicinais, feitas por pesquisadores da Unip e coordenadas pelo médico Drauzio Varella, diretor científico da universidade. Apesar de a Unip ser uma entidade sem fins lucrativos – o que lhe dá a possibilidade de fazer acordos com entidades internacionais, como o Jardim Botânico de Nova York e o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos –, Di Genio não descarta a idéia de ter patentes de substâncias descobertas na Amazônia. É o professor dando lugar ao atento empreendedor.
Nos laboratórios tradicionais da Unip, a missão dos pesquisadores é outra. Eles colaboram com o próximo empreendimento de Di Genio: levar o Objetivo para a tevê digital. Dono de cinco geradoras de televisão e com 100 retransmissoras, o empresário espera transferir todo o conteúdo didático para a telinha. Em média 8% das receitas anuais do grupo vão para a pesquisa de novos materiais didáticos, como lousas digitais e equipamentos de realidade virtual. “Investir em tecnologia é a única forma de se manter na liderança. Fui o primeiro a usar apostilas, o pioneiro no uso de tevê e computador em sala de aula. Agora, tenho certeza que a tevê digital vai revolucionar o setor”, diz o empresário. Em quatro anos, ele espera que os alunos acessem todo o banco de dados do Objetivo pelo controle remoto da televisão, inclusive aulas. “Mas isso não os dispensa de ir à escola. Será um esquema misto, com aulas convencionais e à distância”, explica. Isso tudo também poderá ser acessado do exterior, onde ele espera ter novas unidades em breve, especialmente em países com grande número de imigrantes brasileiros. Hoje, já existe uma filial no Japão.
Agropecuária. Até as fazendas do empresário deverão se integrar aos negócios da educação. Uma delas, situada em Uberaba, poderá ser o próximo pólo de pesquisa da Unip. Nessa propriedade encontra-se a vaca mais cara do mundo, Olímpica da Mata Velha, da raça nelore, avaliada em R$ 1,6 milhão. Di Genio tem direto a 50% dos lucros obtidos com os cerca de trinta embriões produzidos pelo animal anualmente. “As fazendas são herança do meu pai. Com o desenvolvimento da biotecnologia, elas passam a ser úteis à universidade. Ao mesmo tempo, as pesquisas ajudam a melhorar a produção”, afirma. Se alguém ainda duvida que ele conseguirá fazer tudo isso, os amigos avisam: “Di Genio é o homem mais obstinado que eu conheço. Ele tem paciência e persistência suficientes para conseguir tudo o que quer”, diz Varella.